Lucas & Clara

Te escrevo.. mesmo sabendo que não mais irá ler... Mesmo sabendo que o tempo já se passou. Se foi. E com ele meus sonhos. Mesmo assim te escrevo, por não saber a quem, ou porque continuarei. Te escrevo porque os dias e as horas me passam tão lentamente que é a tua presença que me dá suporte, e a falta dela me traz com grande imensidão o vácuo, o abismo, o não-chão. Justamente nesse vazio, nessa busca pelo meu chão, por você, é que a vida me soa mais bela. Tão assustadoramente bela que ela se perde pelos meus dedos a cada letra ou palavra que te escrevo. Não sendo apenas complemento de sentimentos mas o sentimento em si que se esvai em linhas, e traços mal ditos, escritos. Escrevo a ti, em ti, por ti. Em ti, que tantas vezes procurei abrigo. Em tuas canções, teus sorrisos e teus abraços. Ouço... ouço... Ao longe... Ainda a tua melodia. Cantarolada, suspirada. E espero. Espero logo, tão logo que sei que será longa a espera de ouvir novamente o sussuro ao pé do ouvido chamando-me. Vem comigo? Irei!
Dá tua mão. Segura firme, que o chão começa a se perder e me sinto a flutuar por entre céus, por entres seus, por entre nuvens que construímos. Criamos um mundo à parte. Longe da balbúrdia que se iniciava. Sonhos, desejos, você. Esperarei então até o fim dos meus dias, que esse sonho se concretize e que por fim consiga a felicidade que guardei em ti, como uma felicidade enfim completa, que após roubada, ressurge das cinzas.
Cinzas nossas, cinzas estas, que trarão todo nosso amor.

Tua Clara.

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Ouso coisas demais

Ouso dizer que escrevo.
O que penso, o que sinto. Meu escrever vem da ousadia de que sou covarde. Não consigo dizer o que se passa realmente em mim.
Então escrevo. Imprimo em palavras aquilo que queria muito dizer. Por isso elas soam tão confusas, muitas vezes até melodramáticas, apesar da frieza com que as utilizo. Não consigo que meus pensamentos se mantenham estáticos para que eu possa, então, escrevê-los.
Queria falar, gritar, brigar.
Dizer que ouso dizer.

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Minha Paleta de Cores

Quero uma miríade de cores pra mim

Quero combinações novas, novas nuances

Quero o
Amarelo Ocre

O
Escarlate
Violeta
Magenta, seja ele o que for

Quero o
Verde
Limão e o Musgo também

Com uma pitadinha do
Lilás e Indigo
Café com suas cores e aromas

E quero tudo Preto no
Branco

Que a grama do vizinho possa até ser mais verde

Mas do meu quintal brotam árvores que saciam a fome

E correm rios cuja água brinca em nossa boca,

Descem fazendo cócegas

Flores que nos fazem amar,

e Rir, até chorar às vezes

Mas só porque é necessário eliminar essa sujeira do mundo todo

Que sejam lavadas por essas lágrimas

O
Arco-íris é pouco pra tudo isso que trago dentro de mim

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